““Os grous fazem parte da nossa vida desde sempre.” Quando era miúdo, Carlos Pepê gostava de passear pelo campo com os amigos. Andavam de bicicleta, exploravam caminhos, observavam os animais. “Na altura do inverno, havia os grous.” Habituou-se a ver os bandos nos céus de Campo Maior, a típica formação em “v”, as aves alinhadas com as suas patas longas e pescoços compridos. “O grou é uma ave migratória, muito resistente, consegue voar imensos quilómetros. Há várias rotas, bem definidas. Estes vêm do Norte da Europa e passam a invernada na Península Ibérica”, explica. Começam a chegar em meados de novembro, quando a comida começa a escassear nos países mais frios, e ficam por aqui, como que a passar umas férias, até fevereiro. Na zona de Campo Maior, chegam a estar, no final da migração, seis mil grous – alimentam-se de sementes e bolotas de azinheira, por isso é normal procurarem as zonas de montado. “
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